Segunda Parte
2 - Espinhos e Flores
O narrador descreve e analisa a arquitetura e a sociedade dos subúrbios do Rio de Janeiro: a falta de padronização das casas e ruas reflete a desintegração da sociedade que ali vive.
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Num desses subúrbios vive Ricardo Coração dos Outros, num morro de onde se tem uma bela vista da cidade – um dos poucos encantos que o subúrbio guarda. O músico sofria com a concorrência de outro violeiro, que trazia novas ideias sobre a modinha e desvalorizava seu trabalho. Ouvir uma vizinha cantando uma de suas composições, no entanto, o animou.
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Ricardo queria visitar Quaresma, pois sabia que nele encontraria compreensão, mas estava sem condições de viajar. Até que recebeu um bilhete do general Albernaz em que o convidava para tocar no casamento de sua filha Quinota: poderia pedir ao militar um passe para visitar seu antigo vizinho.
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Militares em farda, damas e cavalheiros bem vestidos se reuniam na festa. Enquanto uns dançavam, o general e alguns colegas, incluindo Ricardo, foram conversar. Falava-se sobre as qualidades de Genelício, noivo de Quinota, principalmente quanto ao seu trabalho no Tribunal de Contas. Os militares tentavam vangloriar-se por guerras e batalhas das quais não haviam participado diretamente.
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Dona Maricota surgiu chamando a todos para a sala principal, quando Ricardo aproveitou para pedir a Albernaz o passe para visitar Policarpo. O general lamentou a situação de seu ex-vizinho, culpando a relação dele com tantos livros como seu mal, e indicou que ajudaria o músico.
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Uma moça interpretou uma música italiana ao piano, sem encantar os presentes. Quando Ricardo foi convidado a pegar seu violão, no entanto, entoou uma composição própria que tocou o coração de todos. Uma moça, inclusive, pediu-lhe uma cópia de seus versos. Ismênia, que serviria de mensageira desta cópia, perguntou a Ricardo quando veria Adelaide, pois desejava receber dela uma carta.
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