Parte 4
Capítulo 4 - A lágrima
Junto à janela da casa estavam Luís Galvão e seus convidados. Os homens observavam os jovens com saudade dos seus tempos de mocidade. Relembrando o passado, alguém comenta sobre o caso de Besita, amada de Galvão, abandonada pelo marido. O homem se enrubesce e muda de assunto.
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Nesse momento d. Ermelinda se aproximava para procurar por Linda e ouviu o fim da conversa de seu marido, o que a deixou com o coração apertado. Tal foi a distração que não notou sua filha junto a Miguel, no terreiro em frente.
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Berta, percebendo que d. Ermelinda iria procurar por Linda, precipitou-se em direção ao casal para alertá-los (ou seria para separá-los?). Na mesma hora a algazarra junto ao mastro chamou sua atenção: era o Brás que trepava em direção à bola, de maneira desengonçada.
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O louco, vendo Til solitária e pensativa, acreditou que ela esperava que alguém pegasse flores no mastro para ela. Sem querer passar pelo bando de jovens, que zombariam dele, Brás subiu ao mirante da casa e de lá se lançou ao pau, que quase caiu, não fosse pelo esforço que Afonso e outros rapazes que o seguravam, abaixo.
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Nesse breve instante d. Ermelinda observou Miguel beijando o cravo de Linda, e pediu que a garota entrasse na casa.
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Til não conseguiu evitar a descoberta do casal, mas contentou-se com a figura de Brás, desconjuntado após cair do mastro, carregando-lhe diversas flores. Rolou uma lágrima de seus olhos, por ver a beleza do amor que o rapaz insano demonstrava, um amor puro. Prendeu as flores ao seu cabelo.
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Um foguete rasgou o céu. Sua luminosidade revelou Jão Fera à espreita na floresta, que foi reconhecido por Berta.
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