Parte 3
Capítulo 1 - O bugrezinho
O autor volta no tempo, era 1826.
Havia na região uma moça chamada Besita: a mais bonita das vizinhanças. Diversos rapazes iam cortejá-la, mas ela mantinha a fama de recatada. Era admirada por viver só com o pai, Guedes, desde a morte de sua mãe, ainda quando criança. Morava próximo à casa de nhá Tudinha. Luís Galvão era um dos moços que mais tinham interesse nela, visitando-a com frequência. Naquela época Luís Galvão andava sempre com Jão ao seu lado, que na época era mais conhecido como Bugre, devido sua pele bronzeada.
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O surgimento de Jão na família do fazendeiro era fruto de um mistério: um dia Afonso Galvão, pai de Luís, estava olhando para o terreiro, pela janela, e avistou um cavalo com algo em cima, que parecia um macaco. Olhando de perto, descobriu uma criança, que nem sabia falar ainda.
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Nunca se descobriu de onde a criança viera: uma beata chegou a afirmar que ele era o anticristo, trazido pela besta do apocalipse (que era o cavalo). Outra história, mais creditada, seria que durante uma tempestade os pais da criança foram levados pelo rio. A criança, deixada no cavalo, teria seguido pela margem até a fazenda das Palmas. No entanto ninguém sabe quem seria esse tal casal.
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O garoto foi batizado João. No dia de seu batismo o menino teria fugido da água benta, indo agarrar-se a Afonso, o que fez a velha beata reafirmar sua tese apocalíptica.
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Desde pequeno Jão se mostrava valentão, brigando com rapazes mais velhos que ele. Assim acabou camarada e guarda-costas de Luís Galvão, com quem foi criado. Chegou a matar um homem com quem Luís arranjara discussão. A família do assassinado recebeu algum dinheiro para não denunciar o Bugre, que continuava andando com Luís.
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Nessa época Luís Galvão viu Besita em sua janela pela primeira vez e apaixonou-se loucamente.