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Resumo Por Capítulo: Terra Sonâmbula

Décimo caderno de Kindzu - NO CAMPO DA MORTE


Sem poder contar com a ajuda de Virgínia, que estava imersa em suas loucuras, Kindzu procurou Quintino para irem em busca de tia Euzinha. Ele lembrou o aventureiro que era preciso escolher: ou iriam atrás dos naparamas, ou atrás de Gaspar. Kindzu queria as duas coisas, mas Quintino considerou que deveriam buscar a criança.


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Após uma longa caminhada, Quintino propôs que ele fosse sozinho até o campo, que já estava próximo, enquanto Kindzu, que estava exausto, poderia descansar. O guia partiu e Kindzu se apoiou em uma árvore que se revelou demoníaca: o chão ao seu redor era formado de ossadas de animais. Ao se afastar do tronco, ouviu o canto de um pássaro: era a previsão de seu pai, um mampfana, a ave matadora de viagens. Kindzu chamou desesperadamente por Taímo e, com um trovejar, a ave se partiu em duas.


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Kindzu golpeou a árvore, de onde saiu uma voz fantasmagórica: era o mesmo xipoco que o encontrara nas areias do Tandissico, era seu pai. Kindzu disse estar cansado, desejava retornar às suas terras. O fantasma perguntou o que ele estava escrevendo em seus cadernos e o rapaz contou que nem sabia ao certo, escrevia conforme sonhava. O espírito achou bom que seus escritos ensinassem alguém a sonhar, quando os lesse. Kindzu perguntou o que estava acontecendo com a terra e o xipoco respondeu que ela estava a andar, procurando os sonhos das pessoas e os costurando uns aos outros. Kindzu queria falar mais alguma coisa, mas o espírito se desfez.


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Quintino chegou espantado pelo que encontrara no campo de refugiados: milhares de pessoas famintas em meio a destroços. Kindzu foi até lá e encontrou a tia Euzinha, que perguntou aflita sobre sua sobrinha Farida. O rapaz apresentou-lhe o colar que recebera de Carolinda e a velha se perturbou: ao saber que ele pertencia à mulher do administrador, entendeu que ela se tratava, enfim, da irmã gêmea de Farida. Pediu o colar para si, pois acreditava que ninguém deveria influenciar na história das duas, nem revelar os fatos de seu passado. Kindzu deveria se concentrar em encontrar Gaspar, que havia sido levado pra outro campo de refugiados – não se sabia qual era. Enquanto isso, poderiam passar uns dias com tia Euzinha.


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À noite os dois aventureiros estavam incomodados nos esconderijos que serviam de dormitório e saíram para caminhar. Quintino avistou uma bela adolescente e foi se encontrar com ela. Kindzu continuou a andar e foi surpreendido por Carolinda, que estava fugindo de Matimati: pela manhã ela seguiria viagem para outra cidade. Os dois avistaram Quintino e sua amante, e Carolinda avisou que aquela mulher, Jotinha, não era boa companhia, tinha fama de feiticeira. Os casais se encontraram e Jotinha propôs que fossem todos dormir no abrigo onde se guardavam os mantimentos.


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Era um local pequeno, os corpos ficaram amontoados, mas ainda era mais confortável que os esconderijos. No meio da noite Kindzu sente alguém acariciar seu corpo: era a mão de uma mulher, mas não era Carolinda. Ele sentiu no corpo dela marcas de enormes tatuagens. Era Jotinha que se entregava ardorosamente, no escuro.


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Pela manhã Carolinda reclamava dos sacos de alimentos que apodreciam enquanto milhares passavam fome: era obra de Estêvão, seu marido, que ordenou que só distribuíssem os mantimentos quando ele estivesse em visita, assim sua figura seria bem vista pelos refugiados.


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Do lado de fora, Quintino tentava ajudar tia Euzinha a pegar lenha, mas a velha fazia questão de seu trabalho: os velhos, quando não ajudavam, eram vistos como um peso e acabavam abandonados.


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Carolinda soube que novos refugiados chegariam em breve e haveria uma festa de recepção. Propôs que eles distribuíssem naquela oportunidade todos os alimentos que estavam estocados.


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Chegando ao centro do campo, entretanto, havia muita agitação. Pela manhã, quando o fogo foi aceso, as panelas começaram a rachar: isto era sinal de que alguém namorou durante a noite, o que era proibido naquele lugar. Suspeitavam de Quintino e mandaram ele e Kindzu para longe.


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Kindzu encontrou Jotinha em meio a alguns arbustos. A mulher variava, contando sobre uma visão que tivera de si mesma saindo do campo de refugiados, e em seguida rodopiou, cercada de um arame farpado fantasioso que a fazia sangrar. Kindzu quis abraçá-la, mas sentia os arames o ferirem. Correu de volta ao campo para pedir socorro, mas tia Euzinha o orientou a se esquecer do que passou e se distanciar logo dali. Quintino deveria ficar, pois estava enfeitiçado por Jotinha.


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À noite ocorreu a festa, que foi muito alegre, mesmo sem que tivessem distribuído os alimentos guardados. Tia Euzinha dançava e gritava que a guerra iria acabar. Kindzu pediu que ela parasse, pois já estava tonta, mas ela respondeu que o mundo é que estava a rodar: ela estava parada. Caindo ao chão, tia Euzinha despediu-se do mundo sem que ninguém, além de Kindzu, notasse. Ele cobriu seu corpo e saiu dali rapidamente, pelo mesmo caminho que havia chegado: queria chegar a Matimati e encontrar Farida, ainda que não tivesse achado seu filho.


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