Conversa de bois
Manuel Timborna conta ao narrador uma história de bois que, segundo ele, tem a capacidade de falar. Ele teria ouvido o caso de uma irara, um animal que assistiu os fatos e contou-lhe tudo.
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No interior de Minas Gerais um carro puxado por bois fazia seu caminho com Tiãozinho, um triste menino, à frente. O pai do garoto havia falecido e seu corpo estava sendo carregado sobre uma carga de rapaduras. O carreiro, que maltratava muito os bois, era Agenor Soronho, um homem que se engraçava com a mãe de Tiãozinho e que provavelmente seria seu padrasto.
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Eram seis bois, dois a dois puxando o carro: Capitão e Brabagato, Dançador e Brilhante, Realejo e Canindé. Os animais começam um diálogo em que se reconhecem como bois especiais, pois não eram alimentados para o abate – tais semelhantes nem têm a consciência de que são bois, acreditam eles. Os homens, por outro lado, são vistos como inimigos, que não deveriam existir: são lembrados casos de bois que enfrentaram e venceram os humanos. Há outra conclusão a que chegam: só bois que andam em carro-de-bois podem pensar como o homem, mas isso não é muito bom, já que os tira de sua natureza e os faz enxergar diversas coisas negativas, como o medo, a pressa, tristeza, tudo o que há de ruim.
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Durante o caminho Agenor vai ferroando os boi e caçoando de Tiãozinho, por conta da morte de seu pai. O garoto seguia com raiva daquele homem malvado que queria ficar com sua mãe.
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Os bois lembram o caso do boi Rodapião, que de tanto ficar junto aos homens passou a pensar como eles: idealizou como deveriam pastar e beber água para ter de andar o mínimo possível; acreditava que antes de qualquer ação era necessário pensar. Certo dia, ao ser levado para pastar em um morro, Rodapião observou uma junção de árvores no topo e concluiu que ali havia água, mas ao subir o morro ele se desequilibrou, caiu e morreu.
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Agenor cruza com outro carro-de-bois que despencou da ladeira que havia à frente. Ele era conduzido por João Bala, que justificou o acidente de diversas maneiras. Agenor Soronho dirigiu seus bois com mais braveza, só para mostrar como é que se subia uma ladeira daquela.
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Os bois percebem que Agenor começa a dormir, assim como Tiãozinho, que anda como sonâmbulo. O boi Capitão começa a incorporar os pensamentos do menino, dizendo que poderia vingar seu pai derrubando Agenor do carro. Todos os bois entram no mesmo transe e fazem uma manobra rápida que derruba Soronho: ele cai e a roda passa sobre seu pescoço.
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Tiãozinho não acredita no que vê, se sente culpado, lembra que estava sonhando acordado. Chegam outros homens que veem o desastre e confortam o menino.
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