Parte 3 - Os Aimorés
10 - Na Brecha
Enquanto isso, Loredano andava pela esplanada pensando em todas suas desventuras e nas chances que ainda tinha de atingir seus objetivos. Ele, que havia se tornado o líder da revolta, evitava um confronto direto com D. Antônio pois sabia que assim os aimorés acabariam vencendo a todos. Procurava, portanto, alguma forma de matar D. Antônio, Peri, Álvaro e Aires Gomes sem fazer muito barulho, assim todo o restante da casa passaria a servi-lo.
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Martim Vaz, que tornou-se o principal ajudante do italiano, chamou-o para contar sobre uma porta dentro da casa a qual não conseguiam ultrapassar: o plano era invadir por dentro o refúgio de D. Antônio. Loredano ordenou que outro homem, João Feio, fosse à esplanada em seu lugar.
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Entrando na habitação, que estava às escuras, Martim Vaz teve a tocha que carregava apagada. Sozinho, Loredano ouviu o som da respiração de um homem e pegou sua faca: golpeando o ar sentiu que acertou algo. Quando Martim voltou, no entanto, encontraram somente um morcego ferido no chão.
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Analisando a porta, o italiano confirmou que ela era intransponível, mas observou que a parede ao lado era sustentada por uma viga que seria facilmente derrubada. Teriam acesso à frente da casa e, com o susto, D. Antônio e seus homens seriam pegos facilmente.
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Voltando a outro ambiente, que servia de cozinha aos aventureiros, Loredano sentiu-se sufocado por uma forte fumaça e questionava o que havia acontecido quando surgiu João Feio transtornado, acusando-o de sacrilégio e jurando que o entregaria a D. Antônio. Já amanhecia.
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