Parte 2 - Peri
3 - Gênio do Mal
Peri retornou diversas vezes à casa, onde era bem recebido por D. Antônio. Cecília, porém, tinha preconceitos em relação aos selvagens, resultado da educação dada por sua mãe, e não mantinha contato com Peri.
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Quinze dias após o episódio da salvação de Cecília, D. Antônio recebeu um estrangeiro que havia se fixado nas proximidades de sua casa: Loredano, o antigo carmelita Frei Ângelo di Luca, dizia interessar-se por servir ao fidalgo em uma expedição ao Rio de Janeiro.
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Desde então, Loredano já tinha em mente alguns planos para seguir em sua busca por riqueza. Conhecendo a fraqueza do ser humano por dinheiro, sabia que encontraria entre os aventureiros alguns que o apoiariam em sua jornada – estes seriam Rui Soeiro e Bento Simões, como contado na primeira parte do livro.
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O fator decisivo para o italiano desejar golpear ao próprio fidalgo que o recebeu, entretanto, foi quando conheceu sua filha, Cecília: os anos de castidade do homem religioso resultaram num efervescente desejo por aquela moça.
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E o tal testamento que Loredano deu a D. Antônio, diferentemente do que havia explicado a seus comparsas, não o declarava como mentor do plano de ataque à sua família, mas apenas denunciava os outros dois, dizendo-se seduzido por eles.
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O italiano passou um ano como servo de D. Antônio até o ponto em que foi finalizada a primeira parte deste livro, em que ele coloca em andamento seu golpe.
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