Parte 2 - Peri
2 - Iara!
Dias após a cena do capítulo anterior, estava a família de D. Antônio de Mariz reunida à beira do rio Paquequer, um pouco distante da casa em que moravam. Cecília, após correr pela mata, descansava recostada em um barranco.
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Todos assustaram-se quando ouviu-se um grito “Iara!”. Esta palavra, que significa “senhora” na língua dos selvagens, havia sido gritada por um índio que segurava uma enorme pedra que rolava na direção de Cecília. D. Antônio correu em direção à filha em um impulso, tirando-a de onde estava. Em seguida o indígena soltou a rocha que desceu o barranco destruindo o que havia pela frente.
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D. Lauriana e Isabel oravam agradecendo a Deus pela salvação de Cecília. D. Antônio, que já sabia da valentia e bravura dos selvagens, quis conhecer o índio que socorreu sua filha, oferecendo-lhe sua amizade. O índio, Peri, informou que ele já era seu amigo e iria explicar o porquê.
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Numa longa narração, Peri conta que é chefe de sua tribo, da nação dos Goitacás, que certa vez atacou a colônia de Vitória e lá ele observou a imagem da “Senhora dos brancos”, uma santa em uma igreja, e ficou encantado por ela. Agora sua mãe havia sido salva por uma senhora que ele identificava como uma personificação da santa, e a qual ele sentiu necessidade de salvar também.
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O que havia acontecido é que a mãe de Peri foi salva dos aventureiros por D. Antônio, que a abrigou por dois dias, tendo Cecília presenteado-a.
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Selada a amizade, Peri foi convidado a cear na casa de D. Antônio e recebeu dele uma arma de presente.
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