Parte 1 - Os Aventureiros
4 - Caçada
Numa das clareiras da floresta por onde passavam os bandeirantes viu-se uma nova cena: um forte índio, vestido por uma túnica branca, uma pena pendurada na cabeça; ao chão uma espingarda, munições e uma faca. O índio estava concentrado em observar uma onça que também o fitava, a alguns metros de distância, em meio à mata.
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O animal preparava-se para dar o bote quando surgiram os homens à cavalo. O índio, sem desviar a atenção do animal, sinalizou com a mão para que os homens seguissem seu caminho e disse, em português, “É meu!”, mostrando que não queria intervenção de ninguém em sua caça. Apenas o italiano caçoou do índio, mas logo seguiram viagem, orientados por Álvares de Sá.
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Em questão de segundos a onça pulou para o galho de uma árvore. O índio percebeu que ela havia se distraído com os cavalos, que seriam melhores presas para ela. Rapidamente ele armou seu arco e lançou flechas que acertaram a cabeça do animal, que imediatamente saltou sobre o índio. Este, no entanto, estava preparado para o ataque: enfiou um forcado pela barriga da onça, um golpe fatal.
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Como o animal ainda estava vivo, o índio apressou-se em amarrar suas patas e sua cabeça com cordas. Uma cutia (um pequeno roedor) passou por perto e também recebeu uma flechada do índio, que fez dela sua refeição – após acender o fogo e certificar-se que a onça estava definitivamente presa.
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O índio passou seu arco pelas patas da fera, carregando-a na mesma direção que haviam seguido os homens bandeirantes. Após sua saída, surgiu outro índio, totalmente nu, apenas enfeitado com algumas penas amarelas, que examinou a região para depois seguir o mesmo caminho do caçador.
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