Fevereiro de 1895
Dia 5, terça-feira
Luisinha não passou de ano e Dona Carolina decidiu internar suas filhas no colégio de freiras.
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Helena estava animada para a novidade, mas foi alertada por Ester e Ramalho que ali não seria um bom lugar para ela, correndo o risco de perder toda sua espontaneidade e alegria de viver.
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Chegado o dia de iniciar os estudos, Helena refletiu e decidiu fugir, deixando sua mãe decepcionada. No entanto, ela pretende iniciar o segundo ano e não repetir, como o primeiro.
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Dia 7, quinta-feira
Visitando Luisinha no colégio, Helena percebeu que fez bem em abandoná-lo: a irmã chorou e lamentou a rigidez das freiras o tempo todo, considerando o lugar um inferno. Dona Carolina e a filha voltaram tristes para casa.
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Dia 11, segunda-feira
A gata comeu o curió de Helena, deixando-a arrasada. Se não fosse a utilidade em caçar ratos e baratas, a garota pensava em entregá-la às vizinhas que gostam de enforcar gatos. Dona Carolina sentiu-se mal, pois fora ela que deixara a gaiola do curió ao alcance do bichano.
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Dia 14, quinta-feira
As quintas-feiras eram de alegria quando a família de Helena se preparava para passar o dia no campo, mas agora é de tristeza, pois vão encontrar Luisinha em sua prisão escolar.
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A garota reclamava da alimentação do colégio e Dona Carolina fez pasteis de carne para ela, mas as freiras entregaram os quitutes a outras alunas. Com isso, Helena não acredita que a mãe vá deixar sua irmã lá por muito tempo.
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Dia 17, domingo
Vão começar as aulas do segundo ano e Helena tem medo de repeti-lo. Ela se sente incomodada por dividir os livros com seu irmão e imagina que isso vá atrapalhar seu desempenho. Além disso, ela está acompanhada de uma turma de meninas muito bagunceiras. Sua única garantia é que sairá da escola sabendo escrever bem, já que faz redações todos os dias e gosta muito disso.
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Dia 21, quinta-feira
Tia Carlota é muito diferente de suas irmãs: é gulosa, desleixada com os cuidados da casa, quase cega e muito sovina, preocupada só consigo mesma. Em uma visita a sua casa as crianças queriam colher os pêssegos, que já estavam maduros, mas ela insistia que não era preciso, só para não compartilhá-los.
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Dia 23, sábado
Zinha é uma professora que anda toda desarrumada e é tida como maluca. Helena provou isso quando sugeriu que ela arrumasse os cabelos e Zinha respondeu com um ataque histérico.
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Conversando sobre isso, Helena propôs que os loucos tivessem outras atividades, mas tio Joãozinho afirmou que Diamantina inteira é um hospício. Alexandre ponderou que o próprio Joãozinho era bem desequilibrado.
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Dia 27, quarta-feira de cinzas
O carnaval foi muito divertido, com as fantasias que Seu Luís de Resende trouxe do Rio de Janeiro. Helena só acha que suas brincadeiras nestes dias são muito perigosas: eles jogavam homens vestidos no chafariz, correndo risco de acidentes e brigas. Ela ainda lamenta que a avó não permita ir ao baile de máscaras, mas alegra-se que em compensação ganhe sempre algum presente.
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