Agosto de 1895
Dia 2, sexta-feira
Parentinho é uma figura engraçada de Diamantina: anda com roupas esquisitas, chama a todos de “parente” e dança nas festas de aniversário. Ele tem uma irmã que vive enclausurada em sua casa. Os dois têm uma vida muito econômica e se dão de presente em seus aniversários uma mesma prata de dói mil-réis, todos os anos.
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Dia 8, quinta-feira
Lucas organizou um jornalzinho familiar chamado “A Casca”, onde todos parentes “descascam” (debocham) uns dos outros. Helena sofria com os artigos a seu respeito e resolveu também escrever os seus.
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A garota ainda reflete sobre os loucos de Diamantina, além dos que estão no hospício: se não fosse por eles a cidade seria totalmente sem graça. Mesmo os moradores “sadios” gostam de brincar com a loucura alheia.
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Dia 15, quinta-feira
Helena passa seu vestidinho branco, comprado quando estava para ser internada no colégio de freiras, e resolve escrever sobre ele: o considera um grande companheiro, pois fora o primeiro que escolhera para comprar e era o mais lindo de todos.
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Dia 18, domingo
Tia Madge resolve tirar férias do colégio em que trabalha e colocar Helena em seu lugar, para já pegar jeito no ofício. A menina, no entanto, se sai muito mal ao lidar com os pentelhos que a atormentam de todas as formas e em dois dias passa o cargo para outra garota, decidida a nunca mais trabalhar como professora.
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Dia 21, quarta-feira
Helena revela sua inveja das colegas de escola mais caladinhas e que escrevem muito bem, além de relatar a bronca de um professor por conta de uma de suas traquinagens.
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Dia 26, segunda-feira
Por obra de Deus Helena saiu mais cedo para o colégio e ao passar em sua avó encontrou-a enferma. Chamou o médico e toda a família já está reunida na casa. Helena faz promessas para que vovó se recupere logo.
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Dia 28, quarta-feira
O aniversário de Helena é muito triste porque avó Teodora ainda está de cama e fala como se soubesse estar próxima do fim. Ainda assim ela não deixa de cobrar que sua neta estude bastante.
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Dia 31, sábado
Doente há uma semana, Teodora desperta angústia em toda família, especialmente em Helena que experimenta a vida como um grande sofrimento.
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