6 - A francesa e o gigante
Macunaíma queria erguer um papiri (uma cabana), mas Maanape não parava de tomar café e Jiguê estava sempre dormindo. O herói transformou uma colher num bichinho que botou no pó de café, para picar Maanape quando fosse beber, e transformou um pedaço de algodão numa taturana que botou na cama de Jiguê, para chupar seu sangue quando ele fosse deitar.
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Os dois irmãos incomodaram-se com a brincadeira de Macunaíma, jogaram longe o bichinho e a taturana, e quando estavam construindo o papiri transformaram um tijolo numa bola, com a qual acertaram o herói. Macunaíma chutou a bola longe, criando o futebol. O bichinho foi parar em Campinas, tornando-se o bicho-do-café. A taturana virou a lagarta-rosada. Eis o mito de criação de três pestes paulistas.
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Pensando ainda no seu muiraquitã, Macunaíma armou um novo plano para enganar o gigante Piaimã: vestiu-se de francesa e marcou com ele um encontro de negócios. Venceslau recebeu a “francesa” e apresentou-lhe a pedra preciosa, a mais valiosa de sua coleção, que, porém, não estava à venda. O gigante insinuou que poderia dar o muiraquitã à francesa “conforme…”.
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Entendendo as intenções de Venceslau, Macunaíma saiu correndo pelo jardim, mas ficou preso numa moita e acabou sendo pego pelo gigante, que o botou num cesto. Quando conseguiu fugir, o herói foi perseguido pelo cachorro do gigante e acabou acuado numa gruta. Venceslau ordenava que a “francesa” saísse do buraco e Macunaíma resolveu entregar-lhe suas peças de roupa, uma por vez, para que ele as jogasse longe; ao final o herói colocou o seu “sim-sinhô” para fora da gruta: o gigante o agarrou e também jogou longe.
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Macunaíma voltou transtornado para a pensão, teve inveja do gigante e sua coleção de pedras, quis também ser colecionador, mas a preguiça o impediu. Resolveu colecionar palavras feias.
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