Capítulo 27
Por fim, Santiago afirmou que só havia dois caminhos a seguir: ou a família renegava Helena e ele a receberia como filha, ou ele desapareceria para mantê-la da forma que estava – sendo preferível para ele a última opção.
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Retornando para a casa, Melchior e Estácio estiveram calados a maior parte do tempo. O padre deixou claro para o jovem que uma eventual tentativa de de afastar Helena como irmã para unir-se a ela como esposa seria um escândalo, além da renúncia aos casamentos de ambos, que já estavam ajeitados. O melhor era deixar tudo como estava. O rapaz protestava contra esse destino, mas entendia suas motivações.
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D. Úrsula, que já soubera da história por parte de Helena, concordou que deveriam manter os ajustes conforme havia sido orientado pelo falecido conselheiro. Ela já tinha grande estima pela menina e não a culpava por nada do que havia ocorrido.
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Helena, entretanto, ao saber da posição da família, afirmou que não suportaria a vergonha de conviver com eles sentindo-se traidora e preferia deixar a casa. Estácio insistiu que respeitariam a vontade de seu pai e que não havia nenhum meio legal para desfazer o laço familiar.
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Melchior comentou com Estácio que ainda havia a chance de Helena fugir, considerando seu espírito decidido. Mais tarde o jovem recebeu uma carta de Santiago, dizendo que ele já havia saído de sua casa e nunca retornaria, para garantir que Helena não alterasse seu destino. Enviou também a maioria das cartas da menina, as quais foram devolvidas a ela. Helena decidiu entregar as tais correspondências a D. Úrsula, para que ela as lesse e a julgasse.
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