Capítulo 24
Saindo da casa Melchior cruzou com Vicente, que lhe perguntou o que acontecera com Helena. Como o padre se recusou a responder, o pajem disse que sua senhora era uma santa e que poderia lhe falar algo para defendê-la. Neste momento um outro escravo se aproximou e Vicente teve que se despedir, dizendo que voltaria a falar com o religioso no dia seguinte.
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De manhã Estácio acordou renovado. Almoçou sozinho, enquanto D. Úrsula estava com Helena em seu quarto. Padre Melchior chegou e pediu para falar com a menina, cumprimentando-a com amabilidade.
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O padre dizia a Helena que ela havia se arriscado por pouco, uma vez que Vicente já havia lhe contado que o tal homem misterioso era seu irmão, o qual não tinha coragem de apresentar a sua família. A moça, entretanto, desmentiu o pajem: essa era a história que ela havia contado para ele, mas a verdade seria revelada em uma carta que ela entregou a Melchior. Segundo ela, uma vez lida a carta estariam desfeitos seus laços àquela família.
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Reuniram-se novamente o padre, D. Úrsula e Estácio, que leu a carta na qual o homem da casa da bandeira azul, que assinava como Salvador, contava a Helena, a quem chamava de filha, os acontecimentos do dia anterior. Ele ainda pedia que a garota não deixasse a casa nem tomasse qualquer atitude impensada. Os três ficaram silenciosos, tentando entender o que significava aquela correspondência.
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Melchior foi até Helena para que ela lhe contasse mais sobre este suposto pai que ela escondia, mas a garota não teve ânimo de explicar qualquer coisa, apenas reafirmando que ele realmente era seu pai. Decidiram, o padre e Estácio, irem à casa do homem para ter provas do que ele alegava.
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Chegando à casa de Salvador, ele disse não ter provas de que Helena era sua filha, mas poderia contar-lhes sua história.
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