35 - O protonotário apostólico
Quando percebeu que já era tarde, Bentinho ficou em dúvida se valia a pena ir à aula, pois notariam seu atraso. Mas faltar aos estudos seria ainda pior, então foi à sala ter com seu professor.
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Lá chegando, no entanto, ninguém ligou para sua demora: todos conversavam e sorriam, comemorando a nomeação do Padre Cabral, professor de Bentinho, a “protonotário apostólico”.
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Ninguém da família conhecia tal cargo da Igreja, mas sendo uma nomeação feita diretamente pelo Papa, tornou-se rapidamente motivo de elogios e orgulho. O padre estava tão contente que dispensou Bentinho da aula, que não conseguiu disfarçar sua felicidade – pela dispensa, não pelo novo título do seu professor.
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Chamando Bento de peralta por sua reação, José Dias aproveitou para dizer que o latim lhe seria importante “ainda que não venha a ser padre” – estava lançada a primeira semente dos planos que havia acordado com o garoto. Mas o tiro saiu pela culatra: a mãe de Bentinho adiantou-se, afirmando que ele seria, sim, padre.
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Concordando com ela, Padre Cabral disse que ele poderia vir a ser também protonotário, “protonotário Santiago”. Ouvindo isso, Bentinho sentiu vontade de dizer um desaforo, mas esta vontade não passou de uma ideia que não tinha língua, e permaneceu muda, tal como outras ideias que seriam tratadas no capítulo seguinte… (Importante notar esta característica dos livros de Machado de Assis, em que o autor adianta o que virá nos capítulos seguintes, criando um diálogo com o leitor).
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