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Resumo Por Capítulo: Capitães da Areia

Família


Boa-Vida e Pedro Bala foram observar uma casa rica, onde sabiam que só vivia um casal de velhos, para planejar um furto. Lá encontram uma empregada da casa, uma linda moça, para quem pedem água. Pedro Bala dá uma cantada na jovem, marcando um encontro para mais tarde.


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No dia seguinte o Sem-Pernas vai à mesma casa para tentar se infiltrar e conhecer o ambiente. A empregada não atendeu a campainha, provavelmente distraída lembrando-se da noite que passara com Pedro Bala. Surgiu uma senhora grisalha, dona da casa, para quem Sem-Pernas fez seu teatro de costume: disse ser um menino aleijado que havia perdido seus pais, que queria trabalhar, mas não podia, por causa de seu defeito nas pernas.


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A senhora, chamada Ester, encantou-se com o menino: era muito parecido com um filho seu, que morreu quando ainda era criança. Ela ofereceu um banho e um almoço para o Sem-Pernas que, num golpe de sorte, apresentou-se como Augusto, mesmo nome do finado filho. Dona Ester estava comovida, ela se lembrava de seu Augusto brincando no jardim, aprendendo a ler, e morrendo repentinamente, com uma febre inexplicável. Tomou coragem e ofereceu as roupinhas de marinheiro de seu filho para o garoto.


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Sem-Pernas, bem-vestido, cheiroso, com cabelos arrumados, mal se reconhecia no espelho. Em seguida teve o melhor almoço de sua vida e foi orientado por dona Ester a ir ao jardim brincar com o gato, chamado Berloque, que tomava sol. Lá retirou seu maço de cigarros do bolso, procurando um lugar para fumar escondido, enquanto pensava na vida que poderia ter. Ele havia feito aquilo várias vezes, mas nunca havia recebido tanta atenção. Geralmente os donos das casas davam alimento e abrigo apenas como se fosse uma penosa obrigação, o que fazia Sem-Pernas ter gosto em enganá-los e em imaginar seu desespero depois de consumado o furto. Mas agora sentia que dona Ester realmente o queria bem, e isso o assusta: ele não quer abrir mão do ódio que sente por todos, desde os soldados que o espancaram, até os ricos que o desprezam. Ele quer ser logo mandado embora dali para poder orientar os Capitães da Areia no roubo da casa.


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À tarde chegou o marido de dona Ester, Raul, um advogado bem-sucedido. Sua mulher lhe apresentou o garoto e o dono da casa o aprovou: falou que ele nunca mais passaria fome e que mais tarde iriam ao cinema, ele e sua mulher fariam dele um homem!


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Durante a noite, no cinema e no automóvel em que voltavam para a casa, Sem-Pernas se controlava para comportar-se bem, não falar palavrões, resistir a pedir uma cerveja, no lugar do sorvete que Raul lhe oferece. Dona Ester o leva para dormir num quarto em cima da garagem, prometendo que em alguns dias ele ficará no quarto que era de seu filho, e despede-se com um beijo de mãe. Naquela noite Sem-Pernas teve seu costumeiro sonho com guardas que o espancavam interrompido pela chegada de dona Ester, fazendo com que os soldados morressem de repente.


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No trapiche passaram-se oito dias sem novidades do Sem-Pernas. Pedro Bala visitava a casa com frequência, para conversar com a criada, querendo entender o porquê da demora de seu companheiro. Certo dia o viu no jardim, bem vestido, observando um livro de figuras. Conseguiu chamá-lo e perguntar o que acontecia. Sem-Pernas inventou uma desculpa, que os bens mais caros da casa estavam trancados. Pedro contou que nesse tempo um dos garotos, chamado Gringo, havia quase morrido de doença, e pediu que ele se apressasse.


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Após seu chefe sair, Sem-Pernas ficou pensando em seus colegas do trapiche, passando fome, sozinhos, enquanto ele recebia atenção e alimento. Sentiu-se um traidor, como um homem que certa vez furou a greve organizada pelo João de Adão e ficou do lado dos patrões. E seria a pior traição, iria se transformar num menino mimado, que tanto era motivo de chacota dos Capitães da Areia. Não, ele não queria se tornar um traidor. Por outro lado havia uma lei dos Capitães que dizia que o bem devia ser pago com o bem. E dona Ester o beijava e o chamava de filho, ela fazia o bem, não poderia receber o mal em troca. Confuso, Sem-Pernas começou a chorar, e dona Ester, que o observava, aproximou-se, pensando que ele chorava pela sua suposta mãe falecida. Ele abraçou-a, soluçava, como se o choro fosse um pedido de desculpa pelo mal que faria a ela.


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Certo dia Raul estaria numa viagem ao Rio de Janeiro, era a melhor oportunidade para o assalto. Sem-Pernas foi até Ester, dizendo que iria passear no Campo Grande. A senhora prometeu que Raul traria uma bicicleta de sua viagem, para ajudar em seus passeios. Pela primeira vez o garoto a beijou e a agradeceu por tudo, indo embora para não mais voltar.


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Naquela noite Sem-Pernas foi rodeado pelos seus colegas, encantados por suas vestimentas, mas ele irritou-se e assim que pode ofereceu trocar de roupas com o Gato. Pedro Bala logo chegou com os frutos do roubo, um dos mais fáceis já realizados: ninguém na casa notou a invasão, talvez nem dessem falta dos objetos no dia seguinte. Sem-Pernas voltou aos seus pesadelos, com guardas o espancando, agora sob os olhares de dona Ester, dizendo que ele não era mais seu filho, e sim um ladrão.


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No dia seguinte Pedro Bala ofereceu ao Sem-Pernas parte do dinheiro que conseguiu com as peças roubadas, mas ele recusou. O Professor veio com o jornal, que continha uma notícia da busca pelo menino “Augusto”, que teria se perdido na cidade – o furto nem havia sido notado. Uns garotos zombaram de Sem-Pernas, por ele ter se tornado um menino de família, deixando-o enfurecido. Pedro Bala tentou acalmá-lo, dizendo que talvez não descobrissem o roubo, mas Sem-Pernas sabia que descobririam assim que Raul chegasse. Ele chorava e soluçava, os meninos não entendiam o problema, exceto Pedro e o Professor, que, porém, nada podiam fazer, e puxavam conversa sobre outros assuntos, distraindo o garoto que sentia saudade do futuro perdido.


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