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Resumo Por Capítulo: Capitães da Areia

Deus sorri como um negrinho


Numa tarde de inverno, sob um sol suave, Pirulito admirava a cidade. Havia comido os restos de um banquete que havia sido servido na casa de um português rico. O dia estava lindo. Caminhava e pensava na promessa do Padre José Pedro, de colocá-lo no seminário.


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Pirulito pensava em como Deus era bom, por um lado, com tantas coisas bonitas que proporcionava aos homens. Por outro lado temia o Deus vingativo que era professado por um frade alemão, que descrevia o inferno e todo sofrimento destinado aos que pecassem. O menino confundia-se entre os deuses que lhe apresentavam, ainda mais quando pensava na realidade dos Capitães da Areia, todos destinados ao inferno, ao que parecia. O próprio Padre José Pedro titubeava na defesa de seu Deus bondoso e justo: às vezes cedia ao pensamento de João de Adão, que culpava a sociedade, principalmente os ricos, pela miséria enfrentada pelos garotos de rua. Porém, por fim, o padre mantinha sua fé em um Deus que ajustaria as coisas.


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Crente que os pecados seriam perdoados, Padre José Pedro já havia atingido um importante objetivo com os Capitães da Areia: havia eliminado a pederastia entre os garotos. Convencido de que aquelas atitudes eram indignas de homens, Pedro Bala expulsou todos os passivos entre os meninos. O padre arrependeu-se da atitude drástica, pediu que fosse tentada uma conciliação, mas Pedro foi irredutível, pois “se eles voltassem, a safadeza voltaria”.


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João de Adão zombava das tentativas do Padre, dizia que tudo só se resolveria com uma revolução, que enquanto os ricos existissem, eles sempre desejariam a prisão e a desgraça daquelas crianças abandonadas.


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Entre todos os garotos, Pirulito era a maior vitória do Padre: conhecido inicialmente por seus hábitos violentos, o menino aprendeu sobre o céu, Deus, Cristo, sobre bondade, e aos poucos abriu mão de suas armas. Tinha seu santuário, com imagens dadas pelo padre, onde se ajoelhava, rezava, jejuava. Afastava-se das negrinhas que mostravam suas nádegas, pois sabia que aquilo o distanciaria de Deus, reacendendo o temor do Deus vingativo.


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Entre o temor do Deus vingativo e o amor do Deus bondoso, Pirulito se dividia ao observar numa loja uma imagem da Conceição com o Menino Jesus no colo: magro, pobre, sofrendo – diferente da maioria das esculturas, que mostravam um bebê gordo, coberto com um tecido caro. A feiura da imagem talvez fizesse com que ela nunca fosse vendida, e Pirulito a queria para si, mas não tinha dinheiro. O menino pensava em furtar a imagem e idolatrá-la, mas isso poderia ser um pecado.


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O garoto lembra que certa vez um bebê de verdade, muito parecido com o da imagem, estava abandonado e foi levado ao trapiche pelo João Grande e cuidado pelo Professor, até que Don’Aninha o abrigasse.


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Pirulito volta a pensar em roubar o Menino Jesus da escultura e lembra que só seu pensamento já é um pecado, que seria cobrado pelo Deus vingativo, que o inferno lhe seria destinado. Mas acaba atraído pela imagem do bebê, imagina a adoração que ele pode lhe dar: o agarra e o leva encostado junto ao peito, o Menino Jesus sorria.


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