Setembro de 1893
Dia 2, sábado
Cesarina se curou da tosse com sangue e retornou para casa de Helena, que comemorou sua saúde. Além de trazer alegria para a família, Cesarina cuidará das roupas e deixará Helena com mais tempo para estudar.
Cesarina e Emídio eram filhos de Mãe Tina, que os deixou com Dona Carolina após sua morte. Emídio foi enviado para a chácara, pois tinha a mania de levar Renato para furtar frutas dos vizinhos.
Dia 4, segunda-feira
O pai de Helena acompanhou tio Geraldo em um tratamento na Água Quente de Santa Bárbara e Dona Carolina decidiu segui-lo quando soube que passava mal do estômago, deixando suas filhas aos cuidados da avó.
Helena percebe que não puxou a qualquer um de seus pais: não era tão companheira de ninguém, como seu pai era de tio Geraldo, nem gostaria de ser tão apegada a alguém, como sua mãe era com seu pai. Na Chácara ela lamenta que não tenha espaço para se concentrar em seus estudos.
Dia 6, quarta-feira
Helena expressa seu descontentamento com o comportamento de Onofre, seu primo, que insiste em participar das conversas de gente grande e não interage com os mais novos.
Dia 8, sexta-feira
Voltando da escola Helena precisa ir à casa de tia Aurélia, onde sua avó estava. A garota se incomoda por ter de obedecer aos pedidos da avó e não conseguir tempo de estudar.
Helena estava tão faminta que, quando perguntada pela criada se queria jantar, respondeu ironicamente que não, mas a criada não compreendeu a ironia e deixou-a sem comida. Quando a avó percebeu a fraqueza de Helena decidiu retornar para a Chácara.
Dia 11, segunda-feira
Helena aumentou um rasgo que tinha no vestido para ganhar um novo e evitar de ir à casa de tio Geraldo, mas sua avó remendou o tecido e a mandou para a visita.
Dia 13, quarta-feira
Helena descobriu um lugar para estudar em paz: subiu nos ganhos de uma amoreira e arranjou um canto confortável para ficar. Acabou adormecendo e já era noite quando acordou. Encontrou sua avó fazendo orações, preocupada com seu sumiço, e as tias furiosas por não a terem encontrado.
Dia 17, domingo
Helena se considera a neta preferida, o que causa ciúme em suas tias.
Após estudar muito, Helena foi chamada pela avó para comer rosquinhas com leite e depois comeu jabuticabas no pé. Mais tarde teve um forte desarranjo e sua avó queria lhe dar um óleo purgante, prometendo-lhe um vestido novo caso tomasse o remédio. Helena faz muita manha e só aceitou a medicação após escolher seu vestido. As tias diziam “Esta é águia!”.
Dia 23, sábado
Helena fica contente por saber que seus pais estão voltando: ela não aguenta mais seguir as ordens de sua avó. Suas tias também ficaram contentes por se verem livres da menina por algum tempo.
Dia 27, quarta-feira
Dona Carolina retornou de Santa Bárbara trazendo muitos doces e frutas.
A família de tio Geraldo teve muitos escravos e por isso tinha mania de grandeza. A mãe de Helena contou que Nhonhô, único filho que fora com ela, havia sido tratado como um negrinho, ocupando-se em carregar cana, e isto a irritou. Alexandre, entretanto, dizia que seu filho era um inglesinho que não tinha escravos e por isso precisava trabalhar por conta própria – então não havia mal algum que ele carregasse cana.
Dia 28, quinta-feira
Helena foi entregar alguns dos doces a sua avó e contou-lhe as reclamações que sua mãe tinha sobre tio Geraldo. Ele, entretanto, também era o preferido da avó, que chamou a filha de malcriada ao saber de tais desentendimentos.