- Bruno Alves Pinto
- 19 de mar. de 2018
- 1 min de leitura
Atualizado: 1 de out. de 2024

Primeira Parte
1 - Origem, nascimento e batizado
A história se passa no início do século XIX, o “tempo do rei”, ou seja, quando D. João VI, rei de Portugal, estava no Brasil, no Rio de Janeiro.
O autor inicia discorrendo sobre a classe dos meirinhos, como se chamavam na época os oficiais de justiça, com grande “influência moral” por serem responsáveis pelo pontapé inicial dos custosos processos judiciais.
Entre eles está Leonardo “Pataca”, o mais velho, vindo de Portugal onde era algibebe (vendedor de roupas). Este senhor gordo, lento, pachorrento, de cabelos brancos e face vermelha, vivia reclamando dos pagamentos por seus serviços, daí seu apelido “Pataca”.
Ainda em sua viagem de Portugal, Leonardo cruzara com Maria da Hortaliça, uma saloia (mulher do campo), e após uma “pisadela e um beliscão” namoraram durante a viagem. Resultado disso foi, já no Brasil, o nascimento de Leonardo, filho, que é o personagem central do livro. Curiosidade: o garoto nasceu gordo e cabeludo, porém apenas sete meses depois do encontro dos dois; haveria aí um golpe da barriga? O livro não esclarece, apenas indica.
No batizado do menino a parteira foi escolhida como madrinha e o barbeiro vizinho como padrinho. Neste ponto o autor sublinha a tentativa de Leonardo Pataca de organizar um festejo com ares aristocráticos, mas que logo se perdeu no meio de muita algazarra, que denunciava a origem pouco nobre dos presentes. Quanto ao Leonardo filho, se resumia a guinchos e esperneios no meio da balbúrdia.
Brevemente foi citada a existência do Vidigal, chefe de polícia da região, que passando próximo à festa intimidava a barulheira, fazendo com que tudo se encerrasse mais cedo.