- Bruno Alves Pinto
- 10 de abr. de 2019
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Atualizado: 17 de fev.

3 - A denúncia
Era uma tarde de novembro de 1857 quando o autor, Bentinho, ainda jovem, na casa da rua de Matacavalos, ouvia por trás da porta uma conversa dos adultos.
José Dias avisava Dona Glória, mãe do menino, que ele andava muito próximo a Capitu, filha do vizinho. A preocupação era que um namoro poria fim à promessa que ela havia feito de enviá-lo para um convento, para tornar-se padre.
Dona Glória crê que seu filho, com quinze anos, e Capitu, com quatorze, sejam apenas criançolas brincando. Ela pede a opinião para seu irmão, Cosme, que também faz pouco caso. De qualquer forma, decide mandar Bentinho ao seminário o quanto antes. Tio Cosme intervém, sugerindo que a promessa seja deixada para trás. Também estava no recinto prima Justina, que se absteve de dar opinião. Pressionada, Dona Glória começa a chorar.
José Dias pede desculpas pelo transtorno, mas argumenta que apenas estava cumprindo um “dever amargo, amaríssimo”.