Capítulo 13
Na casa de João Benévolo o jantar é fúnebre: Laurentina chora ao ver a tristeza em cada canto do maltratado apartamento; João se lembra das mal sucedidas entrevistas de emprego; Napoleãozinho está doente.
A mulher comenta que um homem bateu à porta por engano, provavelmente cliente da viúva: mais um motivo pelo qual queria mudar-se daquele prédio – um sonho muito distante.
João pega o chapéu e avisa que vai sair. Laurentina não se opõe: nada mais importa, nem que ele beba ou encontre outras mulheres.
Conforme desce as escadas, o homem cruza com Ponciano, um “amigo” do casal que muito o incomoda, com os olhares que dirige à sua esposa. João, entretanto, permite que ele visite Laurentina pois sabe que ele tem dinheiro, sendo importante manter uma “amizade” desse tipo.
Na rua um letreiro luminoso anuncia a Loteria Federal. João Benévolo viaja mentalmente para Bagdad, onde imagina-se Aladdin com a lâmpada mágica em mãos: seus três desejos são um palácio, um reino e ouro. A felicidade toma conta de seu corpo e ele assobia “O Carnaval de Veneza”.