Rio de Janeiro
A entrada no porto do Rio de Janeiro
O capítulo se inicia com a descrição da deslumbrante chegada ao porto do Rio de Janeiro, que o autor considera um espetáculo incomparável. A beleza da paisagem, com suas montanhas, ilhas e o mar, causa uma forte impressão nos visitantes. Zweig destaca a imponência do Corcovado, com a estátua do Cristo Redentor, e a singularidade do Pão de Açúcar, que se erguem como símbolos da cidade.
A entrada na baía de Guanabara, com suas enseadas e ilhas, é descrita como um magnífico espetáculo, com a cidade se revelando aos poucos, como um leque que se abre, oferecendo diferentes perspectivas e paisagens. A chegada ao porto, após passar por diversas ilhas e contornar o Pão de Açúcar, marca a entrada em uma das cidades mais belas do mundo.
O Rio de Janeiro
O autor descreve o Rio de Janeiro como uma cidade de contrastes e belezas, onde a natureza e a urbanização se misturam de forma harmoniosa.
A cidade é retratada como um lugar de constante transformação, com novas construções e projetos surgindo a cada dia, contrastando com elementos históricos e tradicionais que ainda resistem ao tempo.
Zweig destaca a beleza das praias, a imponência dos morros, a exuberância da vegetação e a diversidade cultural da cidade, que oferece uma experiência única e inesquecível aos visitantes.
O Rio antigo
O autor lamenta o desaparecimento do "Rio antigo", com suas ruas estreitas e casas coloniais, que foram substituídas por modernas avenidas e prédios. No entanto, ele reconhece que a cidade preservou alguns importantes monumentos históricos, como a Igreja e o Mosteiro de São Bento, que representam um testemunho do passado e da tradição do Rio de Janeiro.
A Igreja de São Bento, construída no século XVI, é descrita como um refúgio de paz e beleza em meio à agitação da metrópole, com sua arquitetura barroca e seu interior revestido de ouro. O mosteiro, com suas galerias e claustros, oferece um ambiente de tranquilidade e contemplação, contrastando com a vista da cidade moderna que se descortina de suas janelas.
O verão do Rio
Zweig descreve o verão carioca como uma estação intensa e vibrante, marcada pelo calor, pela umidade e pelas chuvas torrenciais. Apesar das altas temperaturas, a cidade oferece diversas opções de lazer e entretenimento, como as praias, os parques e os jardins.
O autor destaca o Carnaval como a principal festa popular do Rio, um momento de alegria e descontração em que as diferenças sociais se diluem e a cidade se transforma em um grande palco de música, dança e celebração.
Algumas coisas que amanhã talvez hajam desaparecido
O autor expressa sua preocupação com o desaparecimento de alguns elementos tradicionais e pitorescos do Rio de Janeiro, como as favelas, as ruas de prostituição e os bondes abertos.
Zweig reconhece os problemas sociais e sanitários das favelas, mas também valoriza sua autenticidade e seu papel na paisagem urbana. Ele lamenta a possível perda desses elementos, que contribuem para a diversidade e o charme da cidade.
O autor também destaca a beleza e a singularidade das ruas de prostituição, como a zona do Mangue, que oferecem um espetáculo de cores e luzes, e a importância dos bondes abertos, que proporcionam uma experiência única de contato com a cidade e seus habitantes.
Jardins, morros e ilhas
Zweig explora a exuberância da natureza no Rio de Janeiro, destacando a beleza dos jardins, a imponência dos morros e o encanto das ilhas.
O Jardim Botânico, com sua rica coleção de plantas e árvores tropicais, é descrito como um paraíso natural, oferecendo aos visitantes uma experiência sensorial única.
O Parque da Cidade, na Gávea, proporciona vistas deslumbrantes da cidade e da baía de Guanabara, combinando a beleza natural com o paisagismo e a arquitetura.
As ilhas da baía, como Paquetá e Brocoió, oferecem refúgios de tranquilidade e contato com a natureza, contrastando com a agitação da metrópole.
As ruas pequenas
O autor se encanta com as ruas pequenas e estreitas do Rio de Janeiro, que contrastam com as grandes avenidas e oferecem uma experiência mais autêntica e pitoresca da cidade. Zweig descreve o comércio local, as casas coloniais, os cafés e a vida cotidiana dos moradores, destacando a diversidade e a vitalidade dessas ruas. Ele também ressalta a polidez e a cordialidade dos cariocas, que tornam o passeio pelas ruas uma experiência agradável e acolhedora.
Passeio pela cidade
Zweig convida o leitor a um passeio pela cidade, percorrendo suas principais avenidas e explorando seus diferentes bairros e paisagens. A Avenida Rio Branco, outrora o orgulho da cidade, é descrita como uma rua congestionada e barulhenta, que perdeu seu charme original. Em contraste, as novas avenidas à beira-mar, como a Praia do Flamengo e a Avenida Atlântica, oferecem vistas exemplares da baía e um ambiente mais moderno e sofisticado. O autor também explora bairros residenciais como a Tijuca, com suas casas e jardins exuberantes, e a zona rural, com suas paisagens bucólicas e seu ritmo mais tranquilo.
Arte dos contrastes
O capítulo se encerra com uma reflexão sobre a "arte dos contrastes" que caracteriza o Rio de Janeiro. A cidade é retratada como um lugar de diversidade e contradições, onde a riqueza e a pobreza, o antigo e o moderno, a natureza e a urbanização se encontram e se complementam.
Zweig destaca a capacidade do Rio de Janeiro de harmonizar essas diferenças, criando uma atmosfera única e fascinante. A cidade é apresentada como um mosaico de cores, formas e experiências, que se transformam a cada esquina e a cada olhar, oferecendo aos visitantes um espetáculo inesquecível de beleza e vitalidade.