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Resumo Por Capítulo: Alguma Poesia

Europa, França e Bahia


O poema "Europa, França e Bahia" apresenta uma reflexão crítica e nostálgica do narrador sobre suas experiências e observações na Europa, contrastando-as com suas raízes brasileiras. Inicia-se com uma visão exótica e sonhadora de Paris, mencionando ícones como a Torre Eiffel e o Sena, mas rapidamente adota um tom mais crítico ao abordar temas como o colonialismo, o nacionalismo exacerbado, e as tensões sociais e políticas que marcam o continente europeu.


O narrador descreve suas impressões sobre diferentes países europeus, destacando suas peculiaridades culturais e políticas, mas também suas contradições e problemas. A Inglaterra é vista através de seus olhos vigilantes e imperialismo, enquanto a Alemanha é mencionada com uma previsão sombria de conflitos futuros. A Itália é ironizada por sua exploração de "vulcões apagados", numa alusão à retórica vazia de Mussolini, e a Suíça é reduzida a uma mera coleção de postais turísticos.


O poema expressa um desencanto progressivo com a Europa, culminando na afirmação de que "não há mais Turquia", simbolizando a perda de exotismo e a desilusão com o velho mundo. A única exceção a essa desilusão é a Rússia, descrita com cores vivas e como um lugar de esperança e revolução, embora o narrador ressalve que o coração que bate no túmulo de Lênin não é como o dos brasileiros.


Ao final, o poema retorna à saudade do Brasil, com o narrador buscando reconectar-se com sua terra natal através da "Canção do Exílio". A menção a essa icônica obra da literatura brasileira serve para destacar a profunda conexão do narrador com sua identidade brasileira, contrastando com a frieza e as complexidades da Europa. O poema fecha com uma expressão de nostalgia e um desejo de retorno às origens, simbolizado pela lembrança das palmeiras e do canto do sabiá, elementos que evocam a beleza e a simplicidade da terra brasileira.


"Europa, França e Bahia" é uma meditação sobre identidade, pertencimento e a busca por significado em um mundo marcado por contradições e conflitos. Através de um olhar crítico sobre a Europa e uma valorização nostálgica do Brasil, o poema reflete sobre a complexidade da experiência humana e a eterna busca por um lugar a que se possa chamar de lar.



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