Anedota búlgara
O poema "Anedota búlgara" apresenta, de forma concisa e irônica, a história de um czar naturalista que se dedicava à caça de homens, mas que se surpreende e considera bárbaro o ato de caçar borboletas e andorinhas. Esta breve narrativa destaca o contraste entre as ações violentas e consideradas normais pelo poderoso, e sua reação diante de práticas que afetam seres vistos como mais frágeis e insignificantes.
A ironia do poema reside na incongruência moral do czar: a caça humana, um ato de extrema violência e desumanização, é praticada sem hesitação, enquanto a caça de insetos e aves, muito menos violenta em comparação, é vista como um ato de barbaridade. Essa inversão revela uma crítica à arbitrariedade dos valores morais e éticos, especialmente aqueles sustentados por indivíduos em posições de autoridade ou poder.