Capítulo 3
José Fernandes, que aceita um convite para se hospedar na casa de Jacinto, continua a descrever a rotina de seu amigo, sempre destacando as tecnologias inovadoras que ele utiliza e a incongruente apatia que sente em relação a elas: tudo é “uma seca”, “uma maçada”. Jacinto assume, inclusive, seu claro descontentamento com a própria cidade, sua gente e seus costumes, que antes tanto admirava: “É feio, muito feio!”, diz ele.
As modernidades do 202 também trazem alguns problemas: um tubo do sofisticado lavatório de Jacinto se rompe e jorra água fervente por toda a casa, que expele vapor e é cercada pela polícia e por curiosos. O incidente se torna a notícia do dia, resultando em inúmeros telegramas que indagam pelo “desastre” e na visita da amiga Madame d’Oriol, que diz estar “morrendo por admirar as ruínas!”.
O narrador questiona a vida amorosa de Jacinto, que frequentemente recebe mensagens e telefonemas de uma mulher chamada Diana, mas que ele afirma que se trata de uma cortesã que ele mantém apenas por “civismo”, sem qualquer relação íntima.
Por fim, Jacinto decide que no dia seguinte ele e Zé Fernandes vão ao Jardim das Plantas para verem a girafa: um passeio “simples e natural”.