Parte 1
Capítulo 2
Winston, perturbado por ter deixado seu diário aberto, é interrompido pela Sra. Parsons, que pede sua ajuda para consertar a pia da cozinha. No apartamento dela, Winston se depara com a bagunça e o fanatismo dos filhos, membros da organização infantil do Partido, os Espiões. As crianças, agressivas e doutrinadas, o acusam de ser um traidor e o atacam com um estilingue.
De volta ao seu apartamento, Winston reflete sobre o controle do Partido sobre as crianças e a atmosfera de medo e delação que permeia a sociedade. Ele se lembra de um sonho recorrente com O'Brien, no qual este lhe diz: "Ainda nos encontraremos no lugar onde não há escuridão", reforçando sua crença na existência de uma possível resistência.
A teletela interrompe seus pensamentos com uma notícia de vitória na guerra, seguida por um anúncio de redução na ração de chocolate. Winston, desiludido, escreve em seu diário uma mensagem de esperança para o futuro, um tempo em que o pensamento seja livre e a verdade exista. Ele reconhece que está condenado, mas decide continuar resistindo enquanto puder.
Com a consciência de que seus dias estão contados, Winston se prepara para voltar ao trabalho, deixando o diário cuidadosamente marcado para que saiba se alguém o tocar. A imagem do Ministério da Verdade, imponente e ameaçadora, o lembra da força do Partido e da dificuldade de lutar contra ele.